uma casa com 7 ou 8 pessoas
vivendo ali
rachando o aluguel.
há um estéreo nunca utilizado
e um par de bongôs
nunca utilizado
e há panos cobrindo as
janelas
e você fuma
enquanto baratas vivas
escorregam sobre os botões de sua
camisa e despencam no
chão.
está escuro e alguém vai em
busca de comida. você come
e dorme. todos dormem ao mesmo
tempo: no chão, sobre as mesas,
sofás, camas, nas banheiras. há até
mesmo uma pessoa lá fora no mato.
então alguém acorda e
diz, "vamos lá, vamos fechar
um!"
alguns outros acordam.
"opa. é isso aí."
"beleza. vamos lá, alguém aí
fecha dois. vamos nos
chapar!"
"isso. vamos nos chapar!"
fumamos alguns baseados e depois
voltamos a dormir
trocando apenas de lugar
da banheira para o sofá, da mesa para
o tapete, da cama para o chão, e um novo
sujeito desaba no mato
lá fora (...)
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Mais um poema daquele que eu considero mestre! Retirado do livro "O amor é um cão dos diabos" Dá-lhe Bukowski.
IRADOOOOOO!!!! hushaushaush
ResponderExcluirÉ o meio do caminho, é como passar e dizer bom dia.
ResponderExcluirE digo bom dia, quem sabe você fale "oi" escrevendo outro post.
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