segunda-feira, agosto 2

Amizade em Clarisse.

Li agora um conto de Clarisse,

bebo agora mais um gole de um vinho barato qualquer

e o vento da varanda – do apartamento de uma amiga –

bate no meu rosto.

A casa está em completa harmonia.

A dona dorme, a hóspede observa inquieta.

O vento faz um barulho por entre as

frestas da porta da varanda.

Somente quem está na sala consegue ouvir.

Eu estou na sala.

Parece que as máquinas lá embaixo procuram se mover

sem os seus maquinistas comandarem.

É o barulho do urbano.

Do asfalto e do concreto.

Da madrugada tomando voz.

Do abstrato tornando-se vivo.

E do vinho deixando-me ébria.

Procuro minha mãe Lua companheira de quase todas as noites,

deve estar por ai iluminando a noite de algum casal apaixonado.

Aqui estou eu escrevendo minhas sentimentações

e também sensações. Seriam a mesma coisa?

Inspiro-me a falar sobre amizade.

Nobre e honrado sentimento.

Tantas trocas, favores e no final:

Silencio.

Sim, silencio.

A amizade sincera no fim

encontra o silencio esperado e

tão ao mesmo tempo inesperado.

Eles se reconhecem a fundo,

se conhecem no âmbito do mal,

do bem, e do ser humano.

E no fim, são dois amantes.

Ah, a amizade. Que também é amor.

Que a tantos salvou,

que a tantos desgraçou,

que a tantos consagrou.

Es tu e não a religião,

Mas simplesmente tu, o elo dos homens...

2 comentários:

  1. alimento-me de clarice em minhas ferrenhas crises existenciais.
    em algum lugar dela me traz alento...

    beijos

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  2. sensibilidade na doce forma, Tamara tomara que voce escreva mais, fazendo iso fazendo o bem
    acabando com as distancias, O sortilegio da menina qu distribui carinho e da mulher que faz amor,sinto em voce concerteza uma flor de versos que se transforma em abelha
    o DEUSA DOS VERSOS SINTO QUE SEU OLHAR ME VE DIVERDADE
    COMO SE EU NU CORADO DE SORRISO E FLOR CHEIO DE VERSOS E AMOR

    PARABENS TAMARA O BLOG TA UM BELEZA

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