ando muda, ando só.
caminho sempre com os mesmos passos.
meus pés pisam sempre no mesmo chão
o asfalto quente, o piso antiderrapante do coletivo
a calçada esburacada do campus, o chão do meu lar
ando calada, a espera do nada
muda, crua, nua
sem respostas, sem perguntas
apenas muda e nada muda
a saudade vela o meu silêncio
a saudade da compreensão, da lucidez
a saudade dela e a saudade do
vermelho vivo da aquarela
vermelho sangue que corre nas minhas
veias finas. vermelho pulsante. cortante.
porém calado. queria eu montar num cavalo alado
e gritar sem ter o que gritar.
afinal
ando muda, crua, nua
e lá fora, nada muda.
as vezes a gente se sente assim, precisamos mudar pra nos sentir inteira e sermos mais completos.
ResponderExcluirgostei da poesia, muito boa.
Todos se sentem assim pelo menos uma vez na vida.
ResponderExcluirExcelente poema. Parabéns!
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ResponderExcluirAté Paree que me li, Aqui.
ResponderExcluirTudo a ver com o meu post.
Tudo a ver com o meu dia-a-dia.
Com o meu eu. Com o que tô sentindo atualmente.
Adoreii.
E vc como sempre
Dançando com as letras.
Parabéns Flor.
beiijoo Grandee'